terça-feira, 28 de fevereiro de 2012 0 comentários

A Vida

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A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'

  Mário Quintana  
                                                             


domingo, 19 de fevereiro de 2012 0 comentários

Psicanálise e Doença Psicossomática I


Psicanálise e doença Psicossomática


Por Andreneide Dantas (Artigo).


A psicanálise se ocupa do sujeito que a ciência deixa de lado, presta atenção àquilo
que o médico não escuta. Não medimos taxas no sangue, não radiografamos ou
diagnosticamos, mas escutamos o que o sujeito tem a dizer sobre esse
corpo manipulado, enlouquecido por uma doença que resiste aos medicamentos.
Doenças nas quais muitas vezes a medicina não encontra um “sentido”.
Quando o indivíduo nasce, ele tem um organismo, um corpo despedaçado, um
conjunto de órgãos que só através da linguagem vai ter estatuto de unidade corporal.
Este corpo a que me refiro, é um corpo que precisa do outro estruturado como um
discurso para que este corpo de carne se transmute em corpo simbólico.
O sujeito, antes de nascer, já existe. Está na palavra mesmo antes de ter um corpo e
continua a existir depois de sua morte, quando não tem mais um corpo. Isto é possível
porque a duração do sujeito está sustentada pelo significante. É a linguagem que
permite uma margem além da vida.
Precisamos esquecer que temos um corpo para não enlouquecer. Não ficamos
escutando as batidas de nosso coração, medindo a pressão ou sentindo a respiração -
salvo os hipocondríacos.
Mas o que acontece aos pacientes que apresentam as doenças chamadas
“psicossomáticas”? Doenças cuja etiologia não são explicadas?
Aqui os transtornos orgânicos fazem os órgãos presentes, existe um retorno do autoerotismo
que exclui o gozo da palavra. Sabemos que no auto-erotismo - como já está
dito - o sujeito prescinde do outro como semelhante, tem um auto gozo, gozo no
próprio corpo. Quantos de vocês já devem ter escutado de pessoas que sofrem
de “doenças psicossomáticas” : “Esta doença me acompanha há tantos anos”; e fica
como única companheira mesmo. Ou então: “Carrego comigo esta doença há dez anos
“. E esta paciente precisava ficar trancada em um quarto escuro durante três dias,
longe do marido e filhos.
Muitas vezes uma doença, assim como também uma droga, toma o lugar do parceiro
sexual. O sujeito não goza sexualmente com o semelhante, mas com a doença ou com
a droga que ingere. Asma, úlcera, alergias, obesidade, transtornos digestivos,
tumores e hemorróidas. Nesta lista incluem-se também anorexia, epilepsia, diabetes,
psoríase, etc. Existe uma vasta relação de doenças que estão intimamente ligadas
ao que o sujeito deixa de falar, com a renúncia de seu desejo. O que não é dito faz
escrita no próprio corpo. Obstruindo uma veia, destruindo um órgão, abrindo feridas ou
descamando a pele do corpo. Feridas que mostram que as coisas não vão bem, que
algo não está sendo dito, em palavras.
A psoríase por exemplo, dá a ver , não para ler mas para mostrar e angustiar ao outro.
Aqui o gozo não fica reservado às zonas erógenas, mas mete-se no corpo, corporificase
fazendo a lesão. Escreve no corpo algo que é da ordem do número, um grito,
uma escrita que parece ilegível. Mas o analista com seu desejo pode escutar e
possibilitar ao paciente que ele coloque em palavras o que está incrustrado em sua
carne. Os pacientes com “doenças psicossomáticas”, geralmente têm outros casos na
família, mas não é comprovado que são transmitidos geneticamente. Constatamos que
são transmitidos pelo discurso. Às vezes é uma forma, ou a única forma de
identificação ao pai. Exemplo de uma paciente que, tendo desconfiança que era filha
adotiva, faz uma psoríase, como sua avó paterna.
O analista não aborda os órgãos nem o organismo ou a enfermidade.
O único que trata é do discurso . Presta atenção ao sujeito, ou aquilo, que do corpo o
representa. Não se ocupa de “fenômenos psicossomáticos”, mas, de significantes.
É preciso escutar o paciente e conduzir a cura até a abertura de um espaço onde o que
é resposta fixa -- “doença psicossomática” - transforme-se em uma pergunta sobre seu
desejo. Só assim o paciente pode colocar seu sofrimento no discurso, e não mais
atribuir ao destino o que lhe acontece.
Podemos com nossa escuta oferecer um lugar e um tempo para que o sujeito faça
dessa letra, desse número inscrito em sua carne, letra discursiva. Que isto possa
aparecer nos sonhos, lapsos e esquecimentos, que possa transformar-se em palavras,
em um dito o que está preso em um grito.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 0 comentários

AUSÊNCIA

AUSÊNCIA

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim."
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012 0 comentários

Sem Data Para Ser Eterno

“Depois de algum tempo, você aprende a diferença entre dar a mão e acorrentar
uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem
sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e
que presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça
erguida e os olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma
criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do
amanha é incerto demais para os planos; e o futuro tem costume de cair em meio ao
vão.
Depois de algum tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto a ele por
muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas
pessoas simplesmente não se importam. E aceita que não importa quão boa seja
uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se levam anos para
construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas
em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas
distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na
vida. E que bons amigos são a família que os permitiram escolher. Aprende que não
temos de mudar de amigos, se compreendermos que os amigos mudam. Percebe
que o seu melhor amigo e você podem fazem qualquer coisa, ou nada, e terem bons
momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na
vida são tomadas de você muito depressa. Por isso sempre devemos deixar as
pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as
vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós
somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve
comparar com os outros, mas com o melhor que podemos ser. Descobre que se
leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa aonde já chegou, mas onde está indo, mas se você não
sabe onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que ou você controla os seus
atos ou eles o controlarão; e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter
personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre
existe dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário
fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute, quando você
vai cair, é uma das poucas que a ajuda a levantar. Aprende que maturidade tem
mais haver com os tipos de experiências que se teve e o que você aprendeu com
elas, que com quantos aniversários você já celebrou. Aprende que há mais de seus
pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma
criança que seus sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes que
seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva
você tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, isso
não significa que esse alguém não o ame com tudo o que pode, pois existe pessoas
que nos amam, mas, simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes
você tem que aprender a perdoar a si mesmo. aprende que não importa em quantos
pedaços o seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, plante seu jardim
e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar, que realmente é forte, e que pode ir
muito mais longe, depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida
tem valor e que você tem valor diante da vida.”


Shakespeare


Sem data para ser eterno
sábado, 4 de fevereiro de 2012 0 comentários

" É Uma Catástrofe...."

" Assim, quando o escravo de um vizinho quebra um cálice, imediatamente estamos prontos a dizer: " São coisas que acontecem."
  Fica então sabendo que, quando se quebra o teu cálice, deves reagir do mesmo modo que reagiste quando se quebrou o de outra pessoa.
  Transfere igualmente esta regra mesmo a fatos mais importantes.
   Perdeu alguém seu filho ou sua mulher? Todo o mundo diz: "isso faz parte da condição humana." 
   Mas quando somos nós mesmos que sofremos essa perda, dizemos logo: "Ai de mim! Como sou infeliz." 
   Seria necessário lembrarmo-nos do que experimentamos com a noticia do mesmo acontecimento quando sobreveio aos outros." 


 (Epiteto, XXVI)
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012 0 comentários

Pensamento do dia 31#

Do mesmo modo que no início da primavera todas as folhas têm a mesma cor e quase a mesma forma, nós também, na nossa tenra infância, somos todos semelhantes e, portanto, perfeitamente harmonizados."
Arthur Schopenhauer
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