quarta-feira, 30 de janeiro de 2013 0 comentários

O CONTO DO DESERTO




     Certa vez um homem estava cruzando um deserto, com a intenção de se mudar para uma nova cidade. No caminho, viu um senhor e decidiu lhe perguntar sobre a cidade que avistava ao longe.
     - Senhor, sabe me dizer como são as pessoas naquela cidade? – disse o homem.
     - Como são as pessoas no lugar de onde você veio? – questionou o senhor do deserto.
     - Todos são muito alegres e gentis. Sempre foi uma felicidade para mim viver lá, já que teci relacionamentos que resultaram em grandes parcerias e amigos verdadeiros.
     - Então você ficará bem, pois as pessoas daquela cidade são exatamente assim.
     E o homem seguiu sua viagem, muito contente com o que estava por vir em sua nova moradia.
     Após algum tempo, um outro homem apareceu no mesmo local e com a mesma intenção. Ele viu o senhor e lhe fez a mesma pergunta:
     - Senhor, sabe me dizer como são as pessoas naquela cidade?
     - Como são as pessoas no lugar de onde você veio? – questionou o senhor do deserto novamente.
     - São mesquinhas e maldosas. Eu não podia confiar nelas e ainda tinha que cuidar muito bem de meus pertences. Não havia sinais de amizade e era praticamente impossível viver ali.
     - Bem, a cidade para onde você está rumando também é assim, desta forma.
     Desanimado, o homem continuou sua jornada.
     Um rapaz que estava perto ouviu tudo e ficou intrigado. Foi até o senhor e lhe perguntou:
     - Não consegui entender. Para um dos homens você disse que a cidade era boa e para o outro, que era má. Como isso pode ser?
     - Meu filho – disse o senhor – não são os lugares que demonstram sentimento, mas as pessoas. Cabe a cada um demonstrar em seus sentimentos o mundo como vê. Os lugares se tornam bons ou maus de acordo com as ações e palavras das pessoas que ali vivem. Pela experiência anterior deles é possível perceber como cada um enxerga o mundo ao seu redor.

( conto árabe)
sábado, 26 de janeiro de 2013 0 comentários

O Fio Da Aranha

Sobre o egoísmo existem muitas lendas e casos interessantes. Vau contar aqui uma lenda hindu muito bonita. Malba Tahan escreveu-a em seu livro Lendas do Deserto.
Vou apresentá-la aqui resumidamente:

Um homicida morreu e foi atirado no fundo das trevas. Mas implorou perdão ao Senhor da misericórdia. Imediatamente apareceu um anjo e lhe disse: “A tua prece foi ouvida por Deus. O Senhor quer falar contigo”.
O homem foi, tremendo. Deus perguntou-lhe: “Filho, na tua vida, fizeste alguma boa ação?” O homem ficou triste e respondeu: “Não, Senhor!”.
Deus insistiu: “Fala! Estou querendo ajudar-te. Procura recordar o teu passado. Vê alguma boa obra, nem que seja uma coisinha de nada, como dar um copo de água”.
O pobre criminoso pensou, pensou... e respirou aliviado: “Ah, Senhor! Bendito seja o teu santo nome! Lembro-me de que, certo dia, tive compaixão de uma aranha pequenina.
Ela cruzou o meu caminho. Por sorte eu estava olhando para o chão. Vi que ia atravessando de um lado para o outro com toda a calma. Eu ia pisando sobre ela, mas tirei o pé, rapidamente, para não esmaga-la”.
Deus disse-lhe: “Basta! Isso é o suficiente. Com os fios da teia da aranha, vou fazer uma corda. Por essa corda poderás subir até o céu. Mas com uma condição: nunca mais serás egoísta!”.
O homicida inclinou a cabeça, tirou o chapéu e disse: “Nunca mais, Senhor!”.
Deus jogou-lhe a corda, e o homem foi subindo. Já estava perto do céu. Lá de cima viu que outros condenados começaram a agarrar-se à ponta da corda. Então gritou: “Larguem! Larguem! Essa corda é minha!”.
A corda rompeu-se, e ele foi para o fundo do inferno, definitivamente.


Lendas do Deserto 
Malba Tahan
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013 0 comentários

O bambu e o carvalho.



O bambu e o carvalho.

Condoo-me (tenha pena) de você, disse orgulhoso o carvalho (carvalho é uma árvore robusta que fornece uma madeira nobre e resistente) a um caniço de bambu (vara de bambu); mal sopra branda aragem,(ventinho à-toa) e aí está a inclinar-se, a tremer, a humilhar-se e dobrar-se. Faça como eu - por mais rijo(forte) que sopre o furacão, oponho-me altivo, obrigo-o a quebrar-se de encontro a mim, a desviar-se.

— Quisera fazer assim, mas não posso, respondeu o caniço; você é robusto, e eu fraco, suas raízes enterram-se rijas pela terra adentro, as minhas espalham-se pela superfície... O carvalho sorriu, desdenhoso e sobranceiro. Subitamente levanta-se uma formidável ventania, um furacão. O carvalho quer resistir; porém, com o seu ímpeto, o furacão o arranca pelas raízes; o caniço, porém, havia vergado, havia-se inclinado até o chão, e quando passou o tufão, reergueu-se sem ter sofrido dano algum.

MORALIDADE: Quando sopra o vento da adversidade, os soberbos quebram-se, os humildes pouco sofrem.

Fábulas de Esopo
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013 0 comentários

Eros e Psiquê



Um dos Anjos mais conhecidos entre as lendas da humanidade é Eros ou Cupido. Algumas vezes representado por uma criança alada, outras por um rapaz. Mas a sua representação maior está no seu simbolismo. E a Eros está ligada Psiquê (a Alma), que em sua lenda nos traz a imagem da união do amor e nossa alma.
Psiquê era umas das três filhas de um rei, todas belíssimas e capazes de despertar tanta admiração que muitos vinham de longe apenas para vê-las. Com todo este assédio, logo as duas irmãs de Psiquê se casaram.
Ela, no entanto, sendo ainda mais bela que as irmãs, além de extremamente graciosa, não conseguia um marido para si, pois todos temiam tamanha beleza. Desorientados, os pais de Psiquê buscaram ajuda através dos oráculos, que os instruiu a vestirem Psiquê com as roupas destinadas a seu casamento e deixá-la no alto de um rochedo, onde um monstro horrível viria buscá-la.
Mesmo sentindo-se pesarosos pelo destino da filha, seus pais seguiram as intrusões recebidas. Assim que a deixaram no alto de uma montanha, um vento muito forte começou a soprar e a carregou pelo ares com delicadeza e a depositou no fundo de um vale.
Exausta, Psiquê adormeceu. Quando acordou, se viu num maravilhoso castelo de ouro e mármore. Maravilhada com a visão, percebeu que ali tudo era mágico... as portas se abriam para ela, vozes sussurravam sobre tudo o que ela precisava saber.
Quando chegou a noite, deitada em seus aposentos, percebeu ao seu lado a presença de alguém que só poderia ser o seu esposo predestinado pelo oráculo. Ele a advertiu de que lhe seria o melhor dos maridos, mas que elas jamais poderia vê-lo, pois isso significaria perdê-lo para sempre.
Psiquê concordou. E assim foram seus dias, ela tinha tudo que desejava, era feliz, muito feliz, porque seu marido lhe trazia uma sensação do mais profundo amor e lhe era extremamente carinhoso.
Com o passar do tempo, porém, ela começou a sentir saudades de seus pais e pediu permissão ao marido para ir visitá-los. Ele relutou, os oráculos advertiam de que esta viagem traria péssimas conseqüências, mas ela implorou, suplicou... até que ele cedeu.
E da mesma forma que a havia trazido para o palácio, levou-a à casa de seus pais. Psiquê foi recebida com muita alegria e levou muitos presentes para todos. Mas suas irmãs ao vê-la tão bem, se encheram de inveja e começaram a crivá-la de perguntas a respeito de seu marido.
Ao saberem que até então ela nunca o tinha visto, convenceram-na de fazê-lo; evidentemente que as intenções delas eram apenas de prejudicar Psiquê, já que ela havia feito uma promessa a ele.
Ao voltar para sua casa, a curiosidade tomou conta de seu coração. Tão logo veio a noite, ela esperou que ele adormecesse e assim acendeu uma vela para poder vê-lo.
No entanto, ao se deparar com tão linda figura, ela se perdeu em sonhos e ficou ali, embevecida, admirando-o. E esqueceu-se da vela que tinha nas mãos. Um pingo de cera caiu sobre o peito de Eros, seu marido oculto, fazendo-o acordar com a dor.
Sentido com a quebra da promessa da esposa, partiu, fazendo cumprir a sentença do oráculo. Abandonada por Eros, o Amor, sentindo-se só e infeliz, Psiquê, a Alma, passou a vagar pelo mundo.
Tanto sofreu e penas pagou, que deixou-se por fim entregar-se a morte, e caiu num profundo sono. Eros, que também sofria com sua ausência, não mais suportando ver a esposa passar por tanta dor, implorou a Zeus, o deus dos deuses, que tivesse compaixão deles.
E com a permissão deste, Eros tirou-a do sono eterno com uma de suas flechas e uniu-se a ela, um deus e uma mortal, no Monte Olimpo. Depois deste casamento, Eros e Psiquê, ou seja, o Amor e a Alma, permaneceram juntos por toda a eternidade.

Autoria Desconhecida
terça-feira, 22 de janeiro de 2013 0 comentários

O Último de Meus Biscoitos


O Último de Meus Biscoitos

No aeroporto, após uma cansativa viagem de negócios, o vôo de Alice estava atrasado. Ela foi até a loja do aeroporto, comprou um livro, um café e um pequeno pacote de biscoitos.
O aeroporto estava cheio e ela achou um lugar para sentar, próximo a um estranho. Ela ficou lendo o seu livro, depois pegou um biscoito do pacote e então começou a tomar seu café.
Para sua grande surpresa, o estranho no assento ao lado calmamente pegou um dos biscoitos e comeu. Atordoada, ela não conseguiu dizer nada, ou mesmo olhar para o estranho. Nervosamente, ela continuou lendo.
Após alguns minutos ela pegou o terceiro biscoito. Inacreditavelmente, o estranho pegou o quarto biscoito e comeu. Então, para o espanto da mulher, ele pegou o pacote e ofereceu a ela o último biscoito.
Alice, muito zangada, pegou suas coisas e saiu marchando para o portão de embarque, de onde seu vôo partiria.
Perturbada e furiosa, ela procurou dentro de sua bolsa o cartão de embarque e encontrou seu pacote de biscoitos fechado…
Moral
Analise se o problema é real antes de julga
sábado, 19 de janeiro de 2013 0 comentários

A Porcelana do Rei


    A Porcelana do Rei

    Achava-se, certa vez, Confúcio o grande filósofo, na sala do trono.
    Em dado momento o Rei, afastando-se por alguns instantes dos ricos mandarins que o rodeavam, dirigiu-se ao sábio chinês e perguntou-lhe:
    Dizei-me, o honrado Confúcio: como deve agir um magistrado? Com extrema severidade a fim de corrigir e dominar os maus, ou com absoluta benevolência a fim de não sacrificar os bons?
    Ao ouvir as palavras do soberano, o ilustre filósofo conservou-se em silêncio; passados alguns minutos de profunda reflexão, chamou um servo, que se achava perto, e pediu-lhe que trouxesse dois baldes sendo um com água fervente e outro com água gelada.
    Ora, havia na sala, adornando a escada que conduzia ao trono, dois lindos vasos dourados de porcelana. Eram peças preciosas, quase sagradas, que o Rei muito apreciava.
    Preparava-se o servo obediente para despejar, como lhe fora ordenado, a água fervendo num dos vasos e a gelada no outro, quando o Rei, emergindo de sua estupefação, interveio no caso com incontida energia:
    Que loucura é essa ó venerável Confúcio! Queres destruir essas obras maravilhosas! A água fervente fará, certamente arrebentar o vaso em que for colocada; a água gelada fará partir-se o outro!
    Confúcio tomou então de um dos baldes, misturou a água fervente com a água gelada e, com a mistura assim obtida, encheu os dois vasos sem perigo algum.
    O poderoso monarca e os venerandos mandarins observaram atônitos a atitude singular do filósofo.
    Este, porém, indiferente ao assombro que causava aproximou-se do soberano e assim falou:
    A alma do povo, ó Rei, é como um vaso de porcelana, e a justiça do Rei é como água. A água fervente da severidade ou a gelada da excessiva benevolência são igualmente desastrosas para a delicada porcelana; manda, pois, a Sabedoria e ensina a Prudência que haja um perfeito equilíbrio entre a severidade com que se pode castigar o mau, e a longanimidade com que se deve educar e corrigir o bom.
Malba Tahan 
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013 0 comentários

Velho Carpinteiro


Velho Carpinteiro

        Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar.
Ele informou ao chefe seu desejo de sair da indústria da construção e passar mais tempo com sua família.
Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.
A empresa não seria muito afetada pela saída do carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projeto como favor.
O carpinteiro concordou, mas era fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia.
Ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.
Foi uma maneira negativa dele terminar sua carreira.
Quando o carpinteiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa e depois ele deu a chave da casa ao carpinteiro e disse:
“Essa é sua casa, é o meu presente para você”.
O carpinteiro ficou muito surpreso.
Que pena!
Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito tudo diferente.
O mesmo acontece conosco.
Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes, fazendo menos que o melhor possível na construção.
Depois com surpresa, descobrimos que nós precisamos viver na casa que nós construímos.
Se nós pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente.
Mas não podemos voltar atrás.
Você é o carpinteiro.
Todo dia você martela pregos, ajusta tábuas e constrói paredes.
“A vida é um projeto que você mesmo constrói”, suas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a “casa” que você vai morar amanhã.
Vamos construir juntos uma nova história???
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As Formigas e a Pena



As Formigas e a Pena


Uma formiga que caminhava, perdida, sobre uma folha de papel, viu uma pena que desenhava traços negros e finos.
— Que maravilha! – exclamou. – Que coisa notável! Tem vida própria e faz garatujas nesta bela superfície a ponto de poder equiparar-se aos esforços conjuntos de todas as formigas do mundo. E que rabiscos faz! Parecem formigas, milhões de formigas trabalhando juntas.
Contou seus pensamentos a outra formiga, que ficou igualmente interessada, e elogiou os poderes de observação e reflexão da primeira formiga.
Mas outra formiga lhe disse:
— Valendo-me de teus esforços, devo admiti-lo, tenho observado esse estranho objeto. Mas cheguei à conclusão de que não é ele que impulsiona seu trabalho. Cometeste o erro de não observar que a pena está ligada a outros objetos, que a rodeiam e conduzem. Esses devem ser considerados como a origem de seu movimento, podes crer.
Desse modo, as formigas descobriram os dedos.
Passado algum tempo, outra formiga caminhou sobre os dedos e percebeu que faziam parte de uma mão, que explorou total e minuciosamente, no estilo das formigas, andando por todos os lados, esquadrinhando-a toda.
Voltou então para junto das companheiras e gritou-lhes:
— Formigas! Tenho notícias importantes para vocês. Aqueles pequenos objetos fazem parte de outro muito maior. E este é o que realmente move tudo.
Depois descobriram que a mão estava ligada a um braço, e o braço a um corpo; que não existia uma, mas duas mãos; e que existiam dois pés, que não escreviam.
As investigações prosseguiram. Assim, as formigas chegaram a ter uma idéia adequada da mecânica da escrita.
Através do seu método de investigação costumeira, entretanto, nada conseguiram saber a respeito do sentido e da intenção da escrita, nem sobre como, finalmente, eram determinados: as formigas não sabem ler e escrever.


História publicada em: O Cavalo Mágico

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013 0 comentários

Verdade



Verdade

A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.







Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013 0 comentários

A Ponte

Conta-se que, certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro.
Durante anos eles percorreram uma estrada estreita e muito comprida, que seguia ao longo do rio para, ao final de cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutar um da companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam a caminhada com prazer, pois se amavam.
Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem na sua porta. Ao abri-la notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão. Estou procurando trabalho- disse ele. Talvez você tenha um pequeno serviço que eu possa executar. Sim! - disse o fazendeiro - claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É do meu vizinho Na realidade, meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. - Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não precise mais vê-lo. Acho que entendo a situação - disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos que certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito.
Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu. O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra. O fazendeiro chegou da sua viagem e seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca! Em vez da cerca havia uma ponte que ligava as duas margens do riacho. Era realmente um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou: você foi muito atrevido construindo essa ponte após tudo que lhe contei.
No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao olhar novamente para a ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com os braços abertos. Por um instante permaneceu imóvel de seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte.
O carpinteiro estava partindo com sua caixa de ferramentas quando o irmão que o contratou pediu-lhe emocionado: espere! fique conosco mais alguns dias. E o carpinteiro respondeu: eu adoraria ficar, mas, infelizmente, tenho muitas outras pontes para construir.


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