A pareidolia ocorre com muita facilidade quando associamos formato de nuvens, de peças de um objetivo e de lastros de tinta seca na parede com o formato de rostos humanos ou formas conhecidas. Esse fenômeno ocorre com grande frequência na percepção de artistas visuais, como desenhistas, fotógrafos e pintores. Porém, é comum rochas e pedras de uma região serem batizadas com o nome da forma que representam ter.
Tecnicamente, a pareidolia é um fenômeno não somente visual, mas psicológico ligado a estímulos vagos e aleatórios. As imagens podem ser construídas pela mente também em estruturas rochosas, florestas, reflexos em janelas e atém mesmo em pequenos objetos utilizados no cotidiano. A palavra pareidolia tem origem no grego, o termo “para” significa junto ou ao lado de algo; e “eidolia” provém de “eidolon”, que significa imagem.
A pareidolia também é utilizada para explicar a visualização misteriosa de disco voadores, fantasmas, mensagens auditivas percebidas em músicas e até a percepção de imagens de rostos humanos em fotos feitas sobre o solo de Marte. Na maioria dos casos, as formas enxergadas em objetivos, ambientes internos e externos são associados a rostos e formas humanas. Porém, as formas, na maioria dos casos, estão associadas à lembrança afetiva que cada pessoa carrega consigo, entre crianças, a pareidolia pode ser associada à imagem de animais de estimação, brinquedos e a seres monstruosos. A formação da imagem na mente da pessoa é subjetiva e tem a ver com a condição psicológica do observador.
Além de ser associada à percepção visual, a pareidolia também está relacionada à percepção auditiva. Tem sido comum pessoas ouvirem músicas no sentido contrário e identificar mensagens negativas ou positivas que poderiam comprometer o trabalho do músico autor da melodia. No campo visual, a aparição de imagens religiosa milagrosas em qualquer tipo de superfície também são explicadas pela pareidolia.
Fernando Rebouças
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